sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

O poeta no escuro

Não foi quisto se falar nada enquanto a noite inteira e seu dia presente fizessem sentido, mas então aí o corpo precisaria de sentido, o morto também; o dinheiro e o sono também esperam. Meninos, a rua está aí ainda porque precisa esperar o cataclisma. Inteira, é lembrança do homem e seus membros de ferro e concreto, que se esquecem de toda areia que se usa. Pois é, a rua é lembrança.

Meninos, já que o morto precisa de sentido, que dizer da morte? Dona Morte, miss alívio. Menos um, menos todos. Oferecida inclusive aos que não lhe admiram, nao a entendem, mademoiselle espera seu ritmo em verdade. A morte é lembrança.

O discernimento, a compreensão, a abertura dos pensamentos também são lembranças. Mas não há quem os defenda acima do enigma supremo que é a vida indizível, parte pronta a sumir no Universo... e tome seu banho de galáxia, que não precisamos disto agora, estamos muito ocupados falando ao celular.

Meninos, o que resta é o fim. Ou pelo menos, o branco, o silêncio, o vazio ou o apagado. Aí lembremos do parentesco com o esquecido, o enterrado, o natimorto. O que resta é o fim. O que carrega é o fim. Deus está no fim de tudo?

3 comentários:

  1. S:
    Seu texto para o Tema do Mês já está no arquivo para postagem no dia 31.
    Já incluí seu nome na lista dos participantes no post de divulgação, devidamente linkado, ok?
    Valeu mesmo!
    Abração e ótimo final de semana!

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  2. S:
    Seu ótimo texto já foi postado no Duelos, no Tema do Mês, ok?
    Valeu mesmo!
    Abração, tudo de bom e Ótimo 2010!

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  3. Ribeiro, obrigada por me seguir e pelo comentário =D
    não estou te seguindo pra retribuir, não diretamente, mas sim por sua riqueza e verdade nas palavras.
    Abraços
    Lúh

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gaveta, galáxia by Sebastião Ribeiro is licensed under a Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Não a obras derivadas 3.0 Unported License.