terça-feira, 8 de dezembro de 2009
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por
Sebastião Ribeiro
Poesia é o resta, correndo como a cauda de um vestido. Dos meus sopros nada resta, embora seja agora considerável percorrer minha vida em meu silêncio prelúdio de todos os sonos sem sonhos, construindo delicadezas de areia molhada em busca de zênites, talvez somente galáxias artificiais, talvez olimpos que nada digam ou mostrem. Poesia é o que resta em meu instinto estrábico, em meu perceber-o-mundo vulgar, longe de tantos prazeres gratuitos e poucos idealizados; continuo então a penar minha virgindade, que de nada serve embora conserve-se esquecida. Então encerrarei a lexia profunda dos versos, da poiesis, da imitatio. Quero sorver algum sentido em tudo eu sozinho.
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