Aqui está um comentário que um Anônimo pôs em meu post, intitulado "Utilidade doméstica". Na íntegra:
"Anônimo disse...
Prezado amigo, vc pensa demais, procure apenas observar o nascer do Sol em cada dia e diga a si mesmo " obrigado Senhor, continuo vivo " simplicidade, talvez seja a chave maior para o reconhecimento pessoal...um abraço "
24 de Abril de 2009 14:27
Ai, este tal do reconhecimento pessoal ainda me mata.... ui, ui!
Mas, here we go!
Sugeriram-me simplicidade, e tenho que dizer-vos algo revelador e chocante; por favor, impeçam os homens de jogarem-se ou as mulheres de ingerir cianureto: MINHA LINGUAGEM NÃO É EXATA! Explico.
Simplicidade é o quê? Meio mediocridade ou um tom pastel? Uma estrutura manipulável? Creio que tomadas as proporções, esta pergunta é a resposta. Você quem concebeu a dúvida, não constrói a solução? A poesia é dominável, mas dificilmente manipulável. Meu poder é sobre a construção. O propósito está na criação, e não na construção. Propósito é intenção, não é? Creio que também já disse, aqui ou em meus sonhos, que lido com miudezas, sutilezas, algos inefáveis. É outro Universo, revisitado e discutido, mas não por mim inventado. Construído... Está além. Do momento em que distorço o caminho natural da concepção de um poema, os dedos se voltam para mim mesmo. Manjam não poderem ultrapassar os penhascos nos videogames? Muito parecido!
Cidadão, você não constrói com alguma intenção? Aí a questão é idiossincrásica: comigo não é assim. Porém é sempre delicioso recordar que nada neste pedaço de torrão chamado Terra, é absoluto. Que venha Aquiles e seu calcanhar!
Poeta nenhum nasceu para despertar poesia em alguém normal. Normal que digo, é aquele indivíduo cotidiano, burocrático, prático demais, enfim, um expert! É isso que o mundo dos homens quer.
Concordo em gênero e número que existem dois tipos de poeta: os que leem e os que criam. O Mundo das Idéias e o Paraíso continuam além, é este o sentido, é este o motivo pelo qual ainda estamos nos traduzindo... E na língua do homem só existe uma concepção simplista e esperada, além do silêncio: o desconhecido.
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