...e me vendo naquele espelho de provador, não pude refletir meus silêncios do modo como sempre faço: com as mãos no queixo. Isso tudo (em música interna) por causa da visão de um corpo novo, uma proporção estranha, um andar sempre desconfiado em andar: tudo eu e meu.
Estranhar-me assim deve ter vindo a delimitar meu desejo ou o desejo em desejar, tão comum a quem quer ser "tão", como eu. A principal forma a ser posta em cheque pré-datado foi a necessidade física, psicológica, cultural ou histórica de simetria: onde estarão meus outros lados, meus outros pares de lábios, os quatro braços, muitas pernas, vários quadris? Vieram então recomendações ao meu estado de 24 anos e o quanto isto REALMENTE vale na linha do tempo. E vale? BUSCO TODO O TROCO POSSÍVEL NUMA POSSÍVEL VENDA DE MEUS VINTE E QUATRO ANOS.
Percebo então que não há problema algum (ainda), há busílis. A busca. Por qualquer que seja ou esteja qualquer coisa. A busca. Então, sempremente, me calo.
Então volto, sem Deus que me guie through musica universalis ∞
Sabe, às vezes os teus textos me deixam parado numa corda onde eu fico praticando qualquer Yoga de pensamento. Mais um daqueles textos que parecem simples, e não são. Amigo, parabéns! Isso me lembra um 'Q' de narcisismo que é inerente a todo ser humano. Tua consciência se expressa de tal forma que ficar 'sempremente' calado é dizer muito.
ResponderExcluirSeu Igor, obrigado pelas palavras. Ando percebendo que o sr., pela própria necessidade de amadurecer, consegue se relacionar melhor com a literatura e afins, arte enfim. Tenho orgulho do sr. Abraços!
ResponderExcluirGostei muito.
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