Adoro este trabalho burocrático. Ocupa meu tempo nas horas esticadas do homem pragmático e se converte em soldos no fim do mês. Lá fora as pessoas pensam em tudo, inclusive carros e roupas, tudo, tudo. Lá foram pensam em sexo e me deixam louco. De raiva. Porque são mascaradas. Outro parágrafo, por favor, que o assunto não era este.
O assunto é a lonjura da verdade. Esta verdade que corre ao mesmo tempo que nós, mas, pra que verdade? Os conceitos e as vontades podem ser tão poderosos que não se dão o luxo de serem mentira ou concretude de uma vez só. Aos poucos, no pensamento, bem sabemos. Assim como bem sabemos que às vezes nos dá preguiça de pensar (e tome serviço!)...
E tome obrigações em uma realidade que se perde lá fora, e mesmo da pior maneira, seria precioso estar lá fora, ao menos um dia, para registrar, condensar tudo que sinto e mal digo. E firo e confiro as tristezas que ficaram em minha juventude recente, como um poema em que eu dizia que ' ele lá fora e eu lia Florbela Espanca'. Bons tempos aqueles, pois sentia que amadurecia, bem que sempre amadureci, posto que derrotas e silêncio não precisam necessariamente preludiar uma desgraça imediata e definitiva. Estamos tratando de vida, e estar assim despercebido dos olhos da realidade é simplesmente viver, como se come arrozfeijãofarofa.
Como este post aqui me despeço, pequeno e meio maltratado. Meio insosso, cheio de dúvidas, cheio de impalpabilidades. Acho que necessito fechar os olhos e me esquecer em outrem, mas muitos estão como já disse, mascarados. Sei que o amor é mãe inteira e sei que o amor não é o mundo, nem um prato que se esquenta no micro-ondas; por isso ainda lamento o fato de estar sozinho, pronto para tudo, para subir ou morrer.
S:
ResponderExcluirSua Carta de Amor já foi postada no Duelos.
Valeu mesmo!
Abração e ótima semana!