quarta-feira, 10 de outubro de 2018

medo



à boca da cachoeira estão as palavras. o pesado silêncio está nos anos imensos dentro das pedras. o corpo dói prevendo a queda: d'água, abismada.

o mundo sorve meu riso pouco, o grito pequeno. sobrevoo micro-suficiências. oro feito uma folha velha pela sorte dos meus, por nossa vida.

momentos se acumulam sob explosões desentendidas. o peso do medo mastiga minhas costas. me equilibro entre o mergulhar e o sumir.

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