Pela noite, antes da vodca, distinguir formas passa por identificar as mesmas estampas nas costumeiras e esperadas camisetas pretas.
Aos pés sempre caem os mesmos vermelhos, o mesmo couro rasgável no caminho de pedras já conhecido.
Ainda fossem os mesmos dedos, os mesmos calcanhares, ombros, pescoços e nádegas fregueses – os olhos cansados pedem mais álcool deslizando trementes na falta de fantasias.
Reverberam luzes, esticam-se os sons, afogamos torpores na direção de arte de todos estes lugares prontos, ansiosos por nossa carne ainda que mais pelo nosso dinheiro – este, gastamos masturbatoriamente, foda-se a sociedade do capital.
Mas caímos contraditórios, cegos que nos banhamos em commodities do sonho & da expectativa.
Repito-me sonolento após o shot de tequila: o corpo clama, o corpo clama.
E o corpo continua alienado.
E conheço parte das mentiras.
Aceito quase todas as regras do jogo.
A esperança ainda apita.
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