Selenographia, ORIEBIRO, 2013 |
aquele que desejo projeta uma menção de seus medos ao fundo destes sulcos em meu rosto. se pudesse os miraria como o menino que um dia fora e agora ignora em favor de seu cigarro, sua bebida, seu parceiro para a foda-desta-noite que ainda não surgiu; aquele que desejo ainda se nega ainda se reveste com as cercas que todas as vozes conhecidas lhe forneceram. aquele ali busca retoma toda uma mídia interna e nos nega um além da órbita da expectativa. eu mesmo me jogo ao sono muitas vezes na fuga de um inegável instinto precioso, tão imerso me acho num cofo de sibilos. então caio em rewind, tropeçando no que deveria ter sido, no que não acatei quando o corpo chamou enquanto aquele que desejo soprou-se, fez-se asa em sua própria beleza. redivivo feito um sinal, supondo sobre as marcas que estão em sua mente, retorno ao caminho estranho da sobrevivência no fundo destes sulcos, destes poços, ecoando o silêncio plástico encontrável no procellarum.
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