sábado, 30 de julho de 2011

contradição nº 897


Precisei de algo muito forte que elucidasse o já conhecido fato da força de gato que uma palavra tem. Provei de uma ira profunda e sincera, ira que me ancorasse no ridículo, e então aí, descobri a palavra deitada e luxuriosa buscando um amante virgem (trecho honestamente disponível à interpretação pelo método histórico-biográfico).

Dos senhores sentados na porta de suas casas, do comerciante que abre às tardes de sábado, da falta de moradia à moradia limítrofe da inabitável, palavra alguma forrará o chão. Dos milhões de gritos e surras e escrutínios disponíveis neste país, dos milhões destinados à erradicação da miséria (qual?) e da lisura, o que da palavra não será cinza de lenha antiga?

Meus leitores, a grande palavra é a que mergulhou na calda de sentido de tantos silêncios. Dentre eles, a Lei. Sinto que o compromisso dos que querem viver na pretensa força de uma palavra buscando Arte andam gozando-a de tal forma que qualquer onanismo é brinquedo. Meus senhores, amemos, mas não esqueçamos de acordar cedo para o trabalho. Por que? O mundo deseja. 

Question: Até onde um poeta desejoso da fuga pode chegar? O que a palavra interessa à fuga? Que é uma palavra na fuga? E de fuga?
Answer: Algumas palavras relacionadas por um fio de cobre talvez respondam mais pela sua forma de adorno que a de utensílio. Que utensílio precisamos? O que é o utensílio?

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