quarta-feira, 21 de abril de 2010

Psiu!

Começo assim: do que falar iria, esqueci!

Entretanto...
Existe no pensamento alguma reminiscência sobre tradições poéticas, seus diálogos, sua conveniência... A beleza que os textos imemoriais seguram, às vezes, como enleios nas cabeças dos jovens poetas (you must sound like this to reach something...). Inegável que aquele toque de clareza profética nos textos 'clássicos' enchem nossa alma (a dos visados, viram?) de altura, de verdade, de armas. Sabemo-los certamente como fios condutores das unicidades humanas. Por isso são totêmicos. 

Venho a considerar os 'grandes' neste post, por necessidade em adequá-los como existentes, compositores e fundamentadores, não somente de minha poética, mas óbvio, de toda uma contemporaneidade. É que, ainda numa realidade de perspectivas mal equilibradas (aquelas do Deus é quem sabe), tomo a grande parte dos meus textos, frequentemente, não tanto em seu sentido, mas em sua possibilidade, clareza e dúvida. Estamos deparados com uma situação mezzo abandono mezzo insegurança... Venho aqui a considerar que alguém (quem sabe eu?) tem de se convencer de que o rapaz que aqui fala não é um amador, menos ainda um iniciante.

Who cares? A recepção comum (diria, corriqueira?) são críticos, estudiosos, curiosos, leitores, simpatizantes, paliativos... Eis que revelo: são pessoas! Tratariam um poema dum novo como encarariam um novo lançamento de celular. Será? No mínimo, em parte. Quase em essência. E todo um pretenso e fetal projeto em concepção poética para a fuga do comum mas com estada no essencial derrete na própria lama do qual surge. Aborto. É, é isso... Passo (passamos) pelo aborto. Fail!


Este blog testemunha um meandro ou outro disto. Puxa, que eu não precisaria falar disso. É que de todo silêncio vem uma pista, e toda pista implica numa busca e boa parte das buscas gravam quedas. Esta palavra e a que virá daqui a pouco e a que estaciona feito preposição ou pronome relativo são aquela ponte que nunca deseja cair. A que testemunha os quatrocentos anos de qualquer coisa (isso existe?). Este espaço é um poeta de camisa aberta!



"a cabeça cheia de ar que se desfaz no túmulo de Pound"

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