quarta-feira, 15 de julho de 2009

Para julho e nunca mais!

Ando guardando algumas palavras à poesia que se esvaem como considerações finais. Mas desde agora tudo que falo parece poesia, entretanto, tanto espírito falta! É a diferença além do verso e da linha.
Para variar, quero compartilhar minha leitura atual: Walt Whitman. Especialmente esta frase:

Contradigo-me? Pois bem, contradigo-me. Sou muito amplo: contenho multidões.”

E atrelando a isto o primeiro poema de Folhas de Relva, “Eu canto meu o próprio ser”, teci a certeza de que cantamos coisas efêmeras. Eis os homens. Eis as palavras poucas que dedico a mim mesmo, já que pouco entendo. Teci a certeza... das coisas fátuas!
Ainda pouco sabemos do futuro. Melhor, o futuro mal nos sabe. O que resta é tentarmos sorver do presente esta substância de vida numa insossa descrição. Por isso tantos cantam o amor ou a guerra ou escovas de dente e as calçadas. De resto também nos serve ficarmos calados debaixo das mesas ou das tardes.
Mas longe das coisas que foram feitas para restarem, existem as que concentram verdade. Estas só se revelam contra a luz, mas a de nós mesmos, a natureza quer ser independente.
Mas, e quando os olhos não estão inspirados? Pra ser inspirado existe o hálito, e chega de metáforas!
Chega de tudo isto que tem cheiro de algo pra se jogar fora.

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