quinta-feira, 10 de outubro de 2013
bula iii
por
Sebastião Ribeiro
há uma coisa de descontente e incerto em cada linha que surge.
da maneira que surge, não prevejo forma ou tamanho.
também não se trata de dizer o indizível, e sim de forçar um discurso de maneira que seja socialmente tolerado, e consequentemente, sujeito a rótulos, envolto em clichês...
é quase um caju bonito de gosto não esperado.
vejo que é também algo um pouco acima da conversa do símbolo > ícone. são atos tímidos escondidos, gestos meio que pequeninos imersos em escuro.
mas ainda lhe ouço o quebrar dos ossículos das mãos, talvez veja um brilho denunciante de olho ou dente, um ofegar sobriamente ritmado que, obviamente, chama – embora ainda queira que nunca cheguemos ali.
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