sábado, 10 de setembro de 2011

a morte da poesia


E não me parece que ela morrerá nos braços de Rodolfo Valentino. Ontem fui avisado (avisado, sim) que a poesia é passível de morte, logo humana que é. Apesar de percebermos uma unha ou um tornozelo eroticamente salientados dela, claro que falo da consciência humana. Fui alertado de um novo modelo de tv, e da mesma forma (ou sob isto) fui alertado que a poesia pode morrer.

Finar-se quando o homem confundir a liberdade de espírito com a liberdade que as mãos nos bolsos pode compreender. 

Finar-se como se termina um livro.

Finar-se como aquele tempo 'desperdiçado' num prazer 'ilícito'.

O que de nós é todos e quanto do todo podemos carregar em nossas mãos? Nos transbordamentos, a poesia está ameaçada.


[recomendo a leitura de Poesia & Utopia, sobre a função social da poesia e do poeta (Escrituras, 2006) do poeta e doutor Carlos Felipe Moisés. A leitura é esclarecedora.]

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