ele nega, se revolve, se esconde. a casa socorre seus pensamentos: segredos sob a mesa, pedidos nas teias do telhado; mas a inverdade, esta, não será mentira. um remendo do adeus se espalha pela cama (terei que lavar os lençóis). knock knock -- eu recuso. as paredes tremem como meu corpo sozinho no sofá. ânsia em reconfigurar no estômago o que se passa no domingão do faustão me libera, esqueço das unhas na boca dele.
loucos os dentes do siso me contraem a cada golpe de pinot noir. knock knock -- quem perece? acho que a sombra invertida do ladrão que recusa minha porta. vou te esperar sair no filme que já assisti. me poupe. a dança das horas me elege, entre tantos, a continuar ordenhando esses lances milenares de corpo no corpo, mas só eu os desfaço? knock knock -- cale a boca. se deite. aguarde a música. siga em frente.
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