quinta-feira, 4 de julho de 2013

sem braços ou pernas, do tamanho de um jabuti


os miolos: ainda presos em junho, sem espelhos ou discursos que lhe garantam imortalidade ou notoriedade ao que lhes é preciso saber: são miolos. 

os miolos em si, em questão, meus, se... whatever, se constituem o núcleo duma informação (até o momento) de funcionalidade pouco clara ao impulso presente nesse ato de dedilhar o plástico; quem sabe o fato de ainda estarem em junho, da falta de espelhos ou dos discursos pertinentes e relevantes ajude a esclarecer o silêncio por onde se esconde meu ativismo, minhas chamas, minha presença.

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este texto poderia ser sobre 'amor'.

mas é sobretudo sobre 'dúvida'.

provável que não encontres palavras que circundem as em aspas acima, mas é que elas se escondem no sono dos caracteres.

primeiro, deveria ser sobre amor porque sinto o tempo, os olhos, os homens.

segundo, sobre dúvida, porque não é certo o que se deve fazer quando oportunidades em ser amado não sugerem a completude de sua expectativa ou desejo.

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os miolos juninos entram na história como o esquecimento de certas teorias sobre o querer que a juventude se encarrega de fazer pesar.

ao mesmo tempo, os miolos juninos aparecem porque os reservo num canto de sonho incompreensível e pouco funcional. sonhei noite passada com um bebê asiático sem braços ou pernas e que tinha o tamanho de um jabuti. de onde diabos haveria ligação disso com alguém te querendo e não se poder retribuir?

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status: retribuindo as próprias expectativas.

com mais esperas.


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