sexta-feira, 28 de maio de 2010

O agora é um prenúncio do mundo

Seria uma infinidade ou uma dificuldade de finitos encolhendo minhas unhas? Coisas de quem muito fala, fala pelos cotovelos, visto que somente os próprios braços o ouvem. Entretanto, posto e servido, revejo já sem forças questões de esclarecimento sobre minha língua, que nem quando musculosa enterrada em ósculo consegue ser traduzida. Coisa de mu(n)dos. Passemos.

Certamente, ainda que feito de estômago e pernas, é o escrito que encrava no chão e nas paredes, e subo o nada além disso. Com todas as licenças do mudo cheguei a mim mesmo, e venho desfazendo o cal que dividia um descanso do peito em consciência da cabeça largada num campo de batalha e tudo que tem em seu silêncio é um som pincelado: bum! Mas daí até o hoje o que supera o encanto e/ou a queda é o receio, um medo longínquo de mentes esquecidas, é um possível  derretimento da lucidez...

Antes que'u durma, lembremos:
-do cãozinho de barriguinha inchada;
-dos jovens donos de tudo, exceto de si mesmos;
-dos risos e sopro de manipulação contra aquele deficiente mental;
-do cavalo abandonado ao sol a pino;
-do sonho da casa própria;
-de tudo que venho esquecendo e;
-do espírito propenso aos ventos, aos fatos e vistas que descem...

E não esqueçamos do que vêm se escondendo sob os pés.

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