quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Verme?

Eu amo o Outro
este Invisível e Presente
homem todo longe
daqui.

Amo-o com a razão
de um dia
que se acaba;
sou-o, mas não sabe.

Crente que o amor
não é fugaz nem
cinzento,
sinto informá-lo
que estou profuso
de sentido
como
as Montanhas Vermelhas
de Madagáscar
(sinto muito).

Sei-o como se sabe
um poema
ao mesmo tempo tão
meu,
embora ferida aberta
para o mundo,
e nada me servem
autorias e desastres
se continuo mudo
em sentido preso:
como ele,
Inexistente
até ponto das noites
ou dos carros
ou dos insetos.
Ele não vive
senão do que
como e sonho.

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