quarta-feira, 8 de abril de 2009

Questões, esclarecimentos questórios

Tem alguém aí?

Absolutamente, a modernidade é compreensível. O Modernismo também. Não somente a escola artística, mas, enfim, a postura de que seus tempos nos cobrem. Absolutamente, ser moderno é ser sibilino? Impessoal? Pessoalíssimo? Cubo de concreto? Subjetivo? Cheio de idéias limítrofes, passo a noite, e não posso deixar de registrar (por mais fátuo e rotineiro que possa se tornar) na cabeça, o tempo que se processa nas questões fugidias de juventude e auto-consciência.

Máximas à parte, máximas confundem. São verdades que nos constroem, mas entre isto e definitivamente viver/encontrar seu estilo (ainda que escondido), a originalidade se perde. Por isso me pergunto: Ser moderno é ser original? Ser original é ser moderno? Original e humano? Humano é ser moderno? Humano e humano? Calado e humano? Calado?

Pound (o queridinho do meu momento) disse que em um bom escritor escolhe as palavras pelo seu "significado". Aliás, você se lembra disso? :

" Literatura é linguagem carregada de significado"
Ezra Pound

Eis uma máxima que deixa meu coração profuso. É altamente adequada e simples. Ela nos salva de nós mesmos! Mas seguí-la é uma transformação, algo como um cabresto. Viver sua arte vai constantemente se tornar um caminho tortuoso. Virão as questões de utilidade e existência, de certeza e estética, etc. E os olhos de todos, pra quê nos servem? Nos preenchem? Creio que sugerem, certamente, a própria criação. Isto basta? Bastar?! Para quê?.
As pessoas nos consomem, e teorias à parte, existiu um ego-punhal em cada poema, mas hoje há somente um anti-herói de si mesmo, mais público que autor, naquela dúvida que não acaba!

Entender-se ou sentir-se? A técnica com as palavras, os sons e as sugestões se tornaram profissões? Criação quer ser a resposta, coerência pede uma. Lembram de Pound? Sei que aquela imensidão de oceano que há lá fora, é somente, em essência,

hidrogênio hidrogênio oxigênio.

A natureza só pede por expressão.

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